Primeiro disse-te que não sabia o que queria. Depois disse-te que não te queria.
Pedi-te, vezes sem conta, que guardasses os fósforos. Que te ias queimar.
Mas tu não desististe de vir bater à minha porta.
Gosto de abismos. Disseste-me num tom de quem está acostumado a ganhar coisas.
Atirei-te a treta de que estava estragado e que não saberias nunca pôr-me num lugar.
Mas mesmo assim vieste a correr depois de teres recebido a minha mensagem queres aparecer cá em casa?
À porta declarei que me sentia sozinho, triste e carente... blablabla... e anunciei-te que só precisava de prazer.
Entraste.
Quando acabámos quis devolver-te ao teu lugar.
Disse-te que não estava habituado a dormir acompanhado e que o melhor era ires passar o resto da noite na tua casa.
Podias ter saído da minha cama com orgulho, mas antes de te levantares sorriste e deste-me um beijo na testa.
Merda.
Antes de saíres perguntas se me podes ligar amanhã e eu respondo que vou ter um dia-de-cão e acabo a longa frase com um talvez dê.
Às cinco da tarde tenho três chamadas-não-atendidas tuas no meu telemóvel.
Não te ligo de volta apenas porque não sei o que te dizer ou se tenho alguma coisa a dizer-te.
Á uma da manhã recebo uma mensagem tua
Amo-te, apesar de mim. Beijo.
1 comentário:
Fónix.
Sempre tua.
Enviar um comentário