
Voltei a arrumar a casa.
Lancei pela janela o pó cinzento dos dias sem ti.
Agora, e outra vez, a tua bandeira içada ao vento e ao brilho morno do sol.
Varri, no entanto, para debaixo dos móveis, alguns restos de lágrimas e lava que ali se quedarão, silenciosos, como cicatrizes que não podes descobrir porque não quero que suspeites do meu incondicional e_terno amor.
|Amor.|
Mas devolve-me as minhas asas.
As que usas para me veres cá em baixo, pequenino.
E da próxima vez que partires _separtiressepartires_ poderei também partir e atalhar pelo mundo atrás de ti.
Ou quedar-me apenas sentado num arco-íris sempre arrumado.
Sem pó. Sem moveis. Sem bandeiras.