29.9.07

Arrumos


Voltei a arrumar a casa.

Lancei pela janela o pó cinzento dos dias sem ti.

Agora, e outra vez, a tua bandeira içada ao vento e ao brilho morno do sol.

Varri, no entanto, para debaixo dos móveis, alguns restos de lágrimas e lava que ali se quedarão, silenciosos, como cicatrizes que não podes descobrir porque não quero que suspeites do meu incondicional e_terno amor.

|Amor.|

Mas devolve-me as minhas asas.

As que usas para me veres cá em baixo, pequenino.

E da próxima vez que partires _separtiressepartires_ poderei também partir e atalhar pelo mundo atrás de ti.

Ou quedar-me apenas sentado num arco-íris sempre arrumado.

Sem pó. Sem moveis. Sem bandeiras.


1 comentário:

AnAndrade disse...

Sem nada. Mas com asas. Sempre com asas.

Eternamente tua.