7.9.08

Hetero-Pontos


I. O poder da língua


Ha uns dias eu e a Ana, podres de bêbados, en faisant la fête, andávamos por aqui e por ali a meter as nossas línguas nas bocas da malta quando o Rui apareceu e, de mansinho, pôs-se a jeito.

O Rui é um amigo nosso que gosta muito de meninas e de as amar com todos os músculos do seu corpo – este é o zénite da sua masculinidade.

Moral da historia: o Rui gostou das nossas línguas. E depois de o confessar, quis mais festa. Mas eu e a Ana, não.

Os dias passaram e no fim-de-semana seguinte, quando a Ana estava no seu País-das-Maravilhas, o Rui regressou, cheio de curiosidade e com os músculos no seu lugar, á procura da minha língua e outras extensões.

P’ra variar, disse-me.



Marco X.




II. Se eu fosse


- Se fosses uma gaja dava-te uma queca...

Respostas:

A) Se eu fosse uma gaja tu não entrarias na minha cadeia alimentar.

B) E se tu fosses um homem a sério nunca me dirias uma merda dessas.

C) Só uma?...



Dado





III. A beleza interior


Passava o tempo todo a dizer que o que importava era o que estava por dentro. Que a verdadeira beleza estava para além da forma do corpo. Por dentro. Que facilmente se apaixonaria por alguém amputado, de outra cor, obeso, cego, anão...

Porque o verdadeiro amor não tem limitações. Porque quando se ama, ama-se e pronto.

Um dia quando um homem lhe confessou o seu amor, descobriu que afinal a beleza interior começa e acaba no meio das pernas.



Frederico M.




1 comentário:

AnAndrade disse...

Tu és brilho. lógica. análise. humor. crítica. mordacidade. És luz. E eu amo-te por tudo o que és e o que hás-de ser.
Sempre tua.